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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Independência ou Morte!


Olá Amigos,
 “Sete de setembro, data tão festiva, foi a independência desta terra tão querida...”, quem nunca cantou esta música na infância?
Em 07 de setembro, comemoramos a Independência do Brasil, por D.Pedro I, mas o que sabemos sobre ele?
Para quem não sabe Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, ufa, mais conhecido como D.Pedro I, veio para o Brasil aos 8 anos de idade, junto com a família Real Portuguesa, que tinha D.João VI como Príncipe Regente, já que sua mãe, D. Maria I estava impedida de assumir o trono de Portugal, pois estava louca.
Muito ativo e rebelde, gostava de brincar na rua com as outras crianças, fugindo do estereótipo da monarquia, já que era um príncipe e agia como uma criança normal. Na mocidade, conhecido por suas brigas e namoros, tinha a admiração do povo brasileiro, já que ele estava sempre presente entre ele.
D. Pedro I não acreditava em diferenças raciais e muito menos em uma presumível inferioridade do negro como era comum à época e perduraria até o final da II Guerra Mundial.
O Imperador deixara clara a sua opinião sobre o tema: "Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros". Era também completamente contrária a escravidão e pretendia debater com os deputados da Assembléia Constituinte uma forma de extinguí-la.
Com o crescimento do Brasil no cenário internacional, a elite política portuguesa pressionava a corte para que o Brasil voltasse a categoria de colônia, (com a vinda da Família Real, o Brasil tinha sido lançado à condição de Reino Unido) mas D.Pedro I príncipe regente do Brasil, desde que seu pai D.João VI voltou para Portugal, com sua popularidade em alta era um entrave para que isso se concretizasse.
A solução seria tirar D.Pedro I do Brasil, onde sem sua principal liderança, Portugal voltaria a reinar sobre o Brasil. D.João VI então enviou uma ordem judicial, onde exigia a volta imediata de D.Pedro I para corte portuguesa, e também uma frota para garantir sua volta. 
O povo não gostou da ideia do Príncipe Regente ser trocado pelo governo de D.João VI, elaborou um abaixo assinado, com centenas de assinaturas que pedia a D.Pedro que ficasse no Brasil, em 9 de Janeiro de 1822, D.Pedro I pronunciou sua primeira frase histórica "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico!", declarando também que nenhuma ordem das cortes portuguesas seria cumprida no Brasil sem a sua autorização.
Ai o bicho pegou, Portugal não gostou nem um pouco desta atitude, começaram algumas rebeliões internas, incentivadas pelos simpatizantes da coroa portuguesa, e D.Pedro I ia pessoalmente às regiões de conflito para pacificar as rebeliões, utilizando seu prestígio e popularidade.
Em 7 de setembro, quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu notícias de Portugal por cartas de José Bonifácio e da esposa Maria Leopoldina da Áustria, contando-lhe que a corte portuguesa exigia o seu retorno e com isso não acontecendo, programava uma ação militar contra o Brasil. Foi então que, junto ao riacho do Ipiranga (São Paulo), o herdeiro de D. João VI proferiu o famoso Grito do Ipiranga: "Independência ou Morte!", sua segunda e mais importante frase histórica.
D. Pedro I contou, naturalmente, com o apoio do "povo" e, de volta ao Rio de Janeiro, em 12 de outubro, foi  proclamado imperador e "defensor perpétuo do Brasil". Em 1 de dezembro foi sagrado e coroado. A Independência do Brasil foi contestada em território brasileiro por tropas  do Exército Português, especialmente nas regiões onde, por razões estratégicas, elas se concentravam nas então Províncias Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão- Pará (Guerra da Independência do Brasil). A Independência foi oficialmente reconhecida por Portugal e pelo Reino Unido somente em 1825.
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual.
Com a morte de seu pai, D.João VI, ele seria o herdeiro do trono em Portugal, e lá foi D.Pedro I cruzar o Atlântico, para se tornar D.Pedro IV, 27º. Rei de Portugal. Como não podia acumular as duas coroas, já que o Brasil se tornara independente, ele abdicou do trono português em favor de sua filha, Maria da Glória, em 29 de abril de 1826.
Esta atitude pegou mal no Brasil, os brasileiros (a Elite) se sentiram preteridos e sua popularidade começou a cair, as forças políticas brasileiras aproveitaram a oportunidade já que entravam em conflito constantemente com D.Pedro I, até que em 7 de abril de 1831, em função das pressões, abdicou seu segundo trono, desta vez em favor de seu filho Pedro de Alcântara, que se tornou D.Pedro II.
Seu irmão mais novo D.Miguel, deu um golpe em Maria da Gloria (sua filha) e assumiu o trono português, D.Pedro, assumiu a liderança da luta e em 1832 nos Açores criou um força expedicionária, invadiu Portugal e reconquistou o trono para sua filha, apesar da vitória, D.Pedro voltou tubérculo e morreu em 24 de setembro de 1834, no palácio Queluz em Portugal, na mesma sala onde nascera, aos 36 anos. Sepultado em São Vicente de Fora, como general e não como rei, conforme escrito no testamento, seu coração esta conservado como relíquia na capela-mor da Igreja da Lapa na cidade do Porto em Portugal.
D. Pedro teve ao todo 18 filhos. Do primeiro casamento nasceram Maria da Glória (a futura Maria II de Portugal), Miguel (falecido logo após o nascimento), João Carlos, Januária, Paula, Francisca e Pedro. De sua união com a imperatriz Amélia nasceu apenas Maria Amélia. Com a marquesa de Santos teve um menino natimorto, Isabel Maria Alcântara Brasileira, Pedro, Maria Isabel Alcântara Brasileira, duquesa do Ceará (que morreu com um ano de idade) e Maria Isabel Alcântara Brasileira que se tornaria condessa de Iguaçu pelo casamento com Pedro Caldeira Brant. Com a francesa Noémi Thierry teve o menino Pedro falecido antes de  completar um ano; com Maria Benedita Bonfim, futura baronesa de Sorocaba e irmã da marquesa de Santos, teve Rodrigo Delfim Pereira; com a uruguaia María del Carmen García teve uma criança natimorta; com a francesa Clémence Saisset teve Pedro de Alcântara Brasileiro; e com a monja portuguesa Ana Augusta teve outro menino de nome Pedro.
No sesquicentenário da independência do Brasil (1972), seus restos mortais foram trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo.
Fonte de Pesquisa :
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u144.jhtm
http://www.suapesquisa.com/colonia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
http://www.google.com.br/search?q=a+Lideran%C3%A7a+de+D.Predro&hl=pt-BR&sa=2
http://www.e-biografias.net/biografias/dompedro_i.php

 Livro 1808 - Laurentino Gomes.

Um comentário:

Anônimo disse...

O senhor tem um foto do tumulo de D Pedro ali em Alcobaca. Porque?